Singleton Neve McRavey, uma universitária de 22 anos precisou ser hospitalizada após beijar um rapaz desconhecido e contrair a ‘doença do beijo‘ em uma balada do Reino Unido. A infecção causada pelo vírus Epstein-Barr é transmitida pela saliva.

De acordo com Singleton, ela e alguns amigos foram para a boate com o objetivo de comemorar a conclusão do curso de jornalismo na Universidade de Strathclyde, em Glasgow, no início de junho, quando ela encontrou o homem aleatório no bar. Pouco tempo depois, os dois trocaram um beijo inocente na pista de dança e a interação não passou disso.

“Quando você está bêbado e solteiro você não pensa nada sobre isso [beijar uma pessoa aleatória] e é apenas um pouco divertido. Já se passaram mais de três semanas e passei quase um mês da minha vida acamada e no hospital só porque beijei alguém em um bar”,

desabafou a jovem sobre tudo o que tem passado.

Doença do beijo

Ainda conforme o relato da estudante, já na manhã seguinte ao beijo no desconhecido ela começou a apresentar os primeiros sintomas da doença. Acordou com dor de garganta, mas sem desconfiar do pior, atribuiu as dores e o desconforto à amigdalite.

“Nos primeiros fins de semana de junho eu estava comemorando a entrega da minha dissertação. Tirei um 2.1, então estava comemorando todo o trabalho duro. No domingo acordei com uma garganta estranha. Tenho muita tendência a amigdalite, então pensei que fosse isso no início”, disse Singleton.

Contudo, os sintomas evoluíram drasticamente nas 24 horas seguintes até ela começar a engasgar com a própria saliva.

Em um primeiro momento, a estudante que ainda não sabia estar com a “doença do beijo” procurou seu médico, que lhe prescreveu antibióticos. Mas os remédios não surtiram efeito, ela continuou a piorar e precisou procurar o pronto-socorro de um hospital, onde foi diagnosticada com febre glandular e recebeu uma injeção intravenosa para iniciar o tratamento.

“Os antibióticos não funcionaram e eu continuava me sentindo pior. Eu estava com febre muito alta, glândulas inchadas, suando muito e vomitando e estava tão fraca que não conseguia andar direito. Voltei ao médico algumas vezes e eles tentaram me dar mais remédios, mas nada estava funcionando. Então fui ao hospital e descobri que era febre glandular”,

explicou a jovem.

Luta para voltar à vida normal

Em entrevista ao tabloide ‘The Mirror’, a universitária contou que desde que beijou o desconhecido na balada e contraiu a doença do beijo tem lutado para sair de casa e se forçado a sair da cama todos os dias.

Singleton declarou que contrair a febre glandular arruinou sua formatura na quarta-feira (26), pois seus sintomas a impediram de comemorar com amigos e familiares.

Agora, ela resolveu compartilhar a sua história para alertar outras pessoas e aconselhar que sejam cautelosas quanto a quem elas beijam nas noites de festa. E, principalmente, que pessoas que estejam se sentido um pouco doentes tenham responsabilidade e não beijem ninguém.

“Isso se chama doença do beijo. Quando ouvi isso, muito arrependimento passou pela minha cabeça. Estou solteira desde março. Tenho saído todo final de semana com as meninas, dançando e me divertindo. Às vezes eu conhecia um cara no bar, começávamos a conversar e nos beijávamos na pista de dança”,

pontuou.

A universitária explicou ainda que o menino que a beijou provavelmente teve febre glandular, ficou doente por uma semana e não deu importância a isso. Mas como ela tem o sistema imunológico “fraco”, seu corpo não reagiu tão bem e agora ela está lutando para combater a infecção e ainda pode levar semanas para melhorar.

“Acho que, como jovem, faz parte da nossa cultura sair e ter uma boa noite e às vezes parte dessa noite inclui beijar alguém. É glamurizado nas letras das músicas sair beijando garotos e se divertir. Eu era uma garota festeira. Acho que agora, depois de tudo acontecer, serei muito mais seletiva [com quem beijo].”

Mononucleose

A doença do beijo, chamada Mononucleose ou Febre Glandular, é uma infecção viral que afeta principalmente adolescentes e adultos jovens. É considerada comum e no Brasil são registrados cerca de dois milhões de casos por ano.

A transmissão ocorre:

pela saliva tanto por beijos como por bebidas compartilhadas;

através do sexo sem proteção, tanto vaginal, anal ou oral;

por produtos sanguíneos.

Os sintomas incluem fadiga, febre, irritação na pele e glândulas inchadas, entre outros.

Apesar de ser considerada autolimitada, ou seja, uma infecção aguda de baixa gravidade e de curta duração, algumas pessoas podem sofrer mais na hora de de combater o vírus.

 

Fonte: massa news

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