Dois meses e meio após ser resgatado de um telhado, durante o auge da tragédia climática no Rio Grande do Sul, o cavalo Caramelo, hoje, vive sob os cuidados da equipe veterinária da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Atualmente, saudável, de volta ao peso ideal e com um microchip, ele recebe um "tratamento de rei".

Caramelo foi encontrado com um quadro de desidratação severa, sem se alimentar há dias, e isolado sobre um telhado em meio à inundação das enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul. A vida do cavalo, hoje, é tranquila e bem diferente do que viveu há poucos meses.

Ele segue em observação no Hospital Veterinário da Ulbra, em Canoas, mas com um quadro de saúde considerado estável e em evolução. Ele chegou à unidade no dia 9 de maio, após ser resgatado em uma operação que mobilizou mais de uma dezena de profissionais e foi transmitida ao vivo na televisão.

Apesar de não estar machucado, o quadro de desnutrição era o principal desafio do processo de recuperação. Ele chegou ao hospital com cerca de 320 kg, e iniciou um regime para engordar. O tratamento foi bem-sucedido, e ele está próximo de superar a marca dos 360 kg, considerado um bom peso para o seu porte e sua idade, que os veterinários apostam estar por volta dos 7 anos.

Microchip de rastreamento

A equipe de veterinários implantou um microchip em Caramelo para facilitar a identificação e o rastreio do animal. A ferramenta fica atrelada ao CPF da pessoa responsável por ele.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a médica veterinária Louise Maciel falou sobre a qualidade de vida de Caramelo, e sobre seu novo corte de cabelo. Segundo a especialista, a equipe deve suspender a suplementação do cavalo em breve, já que ele "está bem" e "está ganhando um corpinho". "Ele está recebendo um tratamento de rei no Hospital Veterinário da Ulbra", diz o post.

Desde o princípio, a adaptação de Caramelo ao tratamento foi tranquila. Louise Maciel conta que ele é bastante manso e pacífico, talvez por ter convivido com pessoas na casa onde morava antes das enchentes.

 

Por O GLOBO — Rio de Janeiro

 

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