Após mais de um ano de espera e dois adiamentos, será realizado nesta quarta-feira, 25 de junho, o julgamento do ex-sócio acusado de tentar matar o empresário Denilson da Silva, em Assis (SP). O julgamento acontecerá no plenário da Câmara Municipal, já que o prédio do Fórum local está em reforma.

A sessão do Tribunal do Júri estava inicialmente marcada para 7 de maio, mas foi adiada em razão de problemas de saúde de uma testemunha da defesa residente fora do estado. O segundo adiamento ocorreu em 4 de junho, quando o advogado de defesa, Dr. Sérgio Mendes, alegou que a Ordem dos Advogados do Brasil (OABnão havia sido intimada sobre o sorteio da lista de jurados, o que comprometeria o direito à ampla defesa.

O caso teve grande repercussão na cidade e aconteceu na noite de 8 de março de 2023, por volta das 21h30, na Avenida Rui Barbosa. Denilson da Silva foi brutalmente atacado com diversos golpes de canivete enquanto dirigia seu veículo. O autor do crime, segundo a denúncia do Ministério Público, é seu ex-sócio, com quem mantinha uma antiga sociedade empresarial já encerrada.

Consta nos autos que, um dia antes do ataque, o acusado teria enviado mensagens solicitando que Denilson fosse até sua casa para tratar de uma questão urgente. No encontro, o homem exigiu o pagamento de R$ 13 mil, valor supostamente referente à rescisão contratual da esposa dele, ex-secretária da empresa. Diante da recusa, o acusado teria ameaçado o empresário de morte.

Na noite seguinte, segundo o MP, o ex-sócio passou a seguir o carro da vítima pelas ruas da cidade, interceptando o veículo na Avenida Rui Barbosa. Armado com um canivete, ele desferiu diversos golpes no pescoço e tórax de Denilson, que possui dificuldades de locomoção. Mesmo ferido, o empresário conseguiu dirigir até o Plantão Policial, onde pediu socorro. Ele foi encaminhado ao pronto-socorro, passou por atendimento emergencial e recebeu mais de 90 pontos nos ferimentos.

O Ministério Público denunciou o réu por tentativa de homicídio triplamente qualificada, com base em motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, conforme o artigo 121, §2º, incisos I e IV, combinado com o artigo 14, inciso II, do Código Penal. A denúncia foi aceita pela Justiça, e o réu foi pronunciado para ser julgado pelo Tribunal do Júri.

Além da ação penal, a Promotoria pediu o bloqueio de bens do acusado, alegando que ele teria tentado se desfazer de seu patrimônio após o crime. A Justiça acatou o pedido como forma de garantir possível indenização à vítima.

Com informações e fotos do Portal AssisCity.