
Hoje, no dia 15 de junho,
marcamos o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa.
Uma data crucial para romper o silêncio e trazer à tona um problema que, por
muitos anos, foi relegado ao âmbito privado, escondido nas sombras do lar e da
negligência social.
A violência contra idosos, em
suas diversas formas, física, psicológica, sexual e financeira, representa uma
grave violação dos direitos humanos, causando sofrimento imensurável a um grupo
vulnerável da nossa sociedade. Abuso, negligência, maus-tratos e abandono são
apenas algumas das faces cruéis dessa realidade, muitas vezes mascaradas por um
véu de silêncio e medo.
É urgente romper com essa
cultura do silêncio e trazer a público essa triste realidade. Precisamos
enxergar a violência contra idosos como um problema social, que exige ações
conjuntas e engajamento de toda a sociedade.
Um problema invisível, mas de
proporções alarmantes
A subestimação da violência
contra idosos é um dos maiores desafios no combate a esse problema. Muitas
vezes, os casos de abuso e negligência permanecem invisíveis, escondidos dentro
de casa, sem que ninguém saiba ou se atreva a denunciar.
Dados do Ministério da Mulher,
da Família e dos Direitos Humanos revelam que, em 2022, o número de denúncias
de violência contra idosos no Disque 100 aumentou em 17,4% em relação ao ano
anterior. Apesar do aumento nas denúncias, estima-se que apenas 10% dos casos
de violência contra idosos chegam ao conhecimento das autoridades.
Fatores de risco e
vulnerabilidade
Diversos fatores podem
contribuir para a vulnerabilidade dos idosos à violência, como:
Dependência: Idosos que
dependem de cuidados de terceiros para atividades básicas do dia a dia, como se
alimentar, vestir-se ou tomar banho, são mais suscetíveis a sofrer abuso e
negligência.
Isolamento social: O
isolamento social, muitas vezes imposto pela própria idade ou por condições de
saúde, pode dificultar a identificação de sinais de violência e a busca por
ajuda.
Falta de apoio familiar: A
ausência de uma rede de apoio familiar forte pode deixar o idoso mais
vulnerável à negligência e ao abandono.
Histórico de violência: Idosos
que sofreram violência em algum momento da vida, como violência doméstica ou
negligência na infância, podem ter maior risco de serem vítimas novamente.
Sinais de alerta e como agir
É fundamental estar atento aos
sinais que podem indicar que um idoso está sofrendo violência, como:
Marcas físicas: hematomas,
cortes, arranhões, queimaduras
Negligencia: falta de higiene,
desnutrição, desidratação
Isolamento social: recusa em
sair de casa, evitar contato com familiares e amigos
Comportamento depressivo ou
ansioso: tristeza, apatia, medo
Mudanças repentinas de
comportamento: agressividade, confusão mental, perda de memória
Se você suspeitar que um idoso
está sofrendo violência, não hesite em denunciar. Você pode fazer isso através
do Disque 100, que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, ou diretamente
em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do seu município.
Um compromisso coletivo para a
proteção dos idosos
Combater a violência contra
idosos é um compromisso que exige a participação de todos. Governo,
instituições, famílias e indivíduos, cada um tem um papel fundamental a
desempenhar:
Governo: implementar políticas
públicas de proteção aos idosos, fortalecer a rede de atendimento e investir na
capacitação de profissionais para identificar e combater a violência.
Instituições: criar ambientes
seguros e acolhedores para os idosos, promover atividades de inclusão social e
oferecer suporte psicológico e jurídico.
Famílias: estar atentas aos
sinais de violência, denunciar casos suspeitos e promover o diálogo aberto e
honesto com os idosos.
Indivíduos: denunciar casos de
violência, se informar sobre os direitos dos idosos e promover a cultura do
respeito e da valorização da pessoa idosa.
Juntos, podemos construir uma
sociedade mais justa e inclusiva, onde todos os idosos possam viver com
dignidade, segurança e respeito. Quebremos o silêncio, denunciemos a violência
e construamos um futuro melhor para nossos idosos.
Lembre-se:
Você não está sozinho. Existem
diversos órgãos e instituições que podem te ajudar
Redação Broto News