
Um estudo realizado pela
Eixo SP Concessionária de Rodovias revela um cenário preocupante. Muitos
motoristas e passageiros ainda negligenciam o uso do cinto de segurança,
principalmente no banco traseiro. Dados coletados em 2024 e durante o feriado
prolongado de Carnaval deste ano mostram que, em média, 12% das pessoas nos
bancos dianteiros (condutor e passageiro) e 34% dos ocupantes dos bancos
traseiros não utilizam o equipamento, aumentando significativamente os riscos
de lesões graves ou morte em caso de acidente.
Apesar de ser um item
obrigatório e amplamente divulgado como essencial para a segurança no trânsito,
o cinto de segurança ainda é ignorado por uma parcela significativa dos
usuários das rodovias.
“Muitas pessoas
acreditam que, em trajetos curtos ou no banco de trás, o cinto não é
necessário, mas isso é um engano perigoso. Em uma colisão, a falta do
equipamento pode ser fatal até mesmo em baixas velocidades”, alerta Viviane
Riveli de Carvalho, coordenadora de Segurança Viária da Eixo SP. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso correto do cinto reduz em até 50% o
risco de morte em colisões.
Para passageiros no
banco traseiro, a ausência do equipamento não só coloca suas vidas em perigo,
mas também aumenta o risco de ferir gravemente os ocupantes da frente. Dados da
Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) mostram que não usar o
cinto no banco traseiro aumenta em cinco vezes o risco de morte para os
ocupantes da frente. Isso ocorre porque, em uma colisão, os passageiros
desprotegidos são arremessados contra os demais ocupantes.
Veículos monitorados
O levantamento foi
realizado durante uma semana em maio e uma semana em outubro do ano passado e
durante o feriado prolongado de Carnaval este ano. Mais de 8 mil veículos foram
observados em maio e a mesma quantidade em outubro de 2024. No estudo realizado
durante o Carnaval foram analisados mais de 7 mil veículos.
Equipes da
concessionária permaneceram em pontos estratégicos nas praças de pedágio
instaladas ao longo do trecho concedido observando e anotando o uso e a
ausência do equipamento de segurança entre os ocupantes dos veículos.
Embora o levantamento
aponte uma média de 12% dos ocupantes dos bancos dianteiros e 34% dos ocupantes
dos bancos de trás sem cinto de segurança, em alguns locais a negligência foi
ainda maior.
Na praça de pedágio de
Oriente, por exemplo, o flagrante da falta do uso de cinto de segurança pelos
ocupantes do banco traseiro chegou a impressionantes 60%, na média dos três
levantamentos. Foram registrados altos índices de imprudência também nas praças
de Piracicaba (51%), Torrinha (51%), Paraguaçu Paulista (50%) e Cabrália
Paulista (41%). Já a ausência do uso de cinto de segurança por passageiros do
banco da frente foi maior, em média, nas praças de Cabrália Paulista (20%) e
Torrinha (20%).
O que diz a lei
O uso do cinto de
segurança é obrigatório para todos os ocupantes do veículo, tanto na cidade
quanto nas rodovias. A infração é considerada grave, com multa de R$ 195,23 e
cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do condutor. Para
Viviane, é fundamental que os motoristas assumam a responsabilidade de checar
se todos os passageiros estão com o cinto afivelado antes de iniciar a viagem.
“O condutor do veículo
não deve seguir viagem enquanto todos não estiverem devidamente protegidos. Não
é apenas uma questão de multa, mas de preservar a vida. O cinto de segurança é
a forma mais eficaz de se proteger em um acidente”, destaca a coordenadora de
Segurança Viária da Eixo SP.
Segundo Viviane, os
dados do levantamento reforçam a necessidade de campanhas de conscientização
sobre a importância do uso do cinto de segurança. “Este simples ato pode ser a
diferença entre a vida e a morte em um acidente. Portanto, é essencial que todos
adotem essa prática como parte indispensável da rotina ao entrar em um veículo.
Afinal, prevenir é sempre o melhor caminho”, afirma Viviane.
Sobre a Eixo SP
A Eixo SP Concessionária
de Rodovias administra mais de 1.221 km de estradas que passam por 62
municípios da região de Rio Claro, no centro do Estado, até Panorama, no
extremo oeste, na divisa com o Mato Grosso do Sul. O maior contrato sob
supervisão da Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo)
terá investimentos na ordem de R$ 14 bilhões em obras de ampliação,
conservação, além da modernização de serviços ao usuário. Para mais informações
acesse: www.eixosp.com.br.