A Hidrovia Tietê-Paraná bateu
recorde no transporte de cargas no primeiro semestre do ano. A movimentação de
navios cargueiros é grande na região centro-oeste paulista e os números
reforçam a importância da hidrovia como um dos principais modais de
infraestrutura logística do país.
A hidrovia tem 2,4 mil
quilômetros navegáveis e é usada principalmente para o transporte da produção
agrícola até o porto de Santos.
Com 14 terminais intermodais
para carga e descarga de produtos, conecta seis estados. Em São Paulo, são 800
quilômetros com navegação. No centro-oeste paulista, a produção vem pelo Rio
Tietê até o porto intermodal de Pederneiras e depois segue de trem até o porto
de Santos.
Segundo levantamento realizado
pelo Departamento Hidroviário (DH), órgão vinculado à Secretaria de Meio
Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), de janeiro a junho deste ano, foi
registrado aumento de 76% na movimentação fluvial de cargas, em comparação com
o mesmo período do ano passado.
De acordo com o relatório,
foram despachadas 810,7 mil toneladas entre janeiro e junho, enquanto 460,3 mil
toneladas foram transportadas no mesmo período de 2022. Dentre os produtos com
maior movimentação estão a soja e o farelo de soja.
No entanto, a hidrovia escoa
também a produção de milho, madeira, areia e derivados da cana-de-açúcar.
Apenas em junho, foi registrado um crescimento de 44,1%, com 234,6 mil
toneladas embarcadas, contra 162,7 mil toneladas no mesmo mês de 2022.
O transporte de cargas utiliza
embarcações do tipo 'chata', movimentadas por um empurrador (rebocador
específico) e capazes de transportar 1,5 mil toneladas cada uma.
Se o transporte fosse
rodoviário seriam necessárias 43 carretas, de 35 toneladas cada, para levar o
mesmo volume. Para a movimentação desses barcos é preciso que o Rio Tietê
esteja com lâmina d'água mínima de 2,20 metros.
Por esse limite, a navegação
fluvial já chegou a sofrer e muito nos últimos anos com a falta de chuvas. Esse
tipo de transporte chegou a ser interrompido em períodos de estiagem de anos
anteriores, mas como o regime de chuvas no ano passado e este ano foi melhor, a
navegação se beneficiou dessa regularidade.
Fonte: g1