A Polícia Civil de Bauru (SP)
vai investigar a causa da morte de um menino de apenas 12 anos que passou três
vezes por atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bela
Vista. O óbito foi confirmado nesta segunda-feira (15), após a criança sofrer
uma parada cardiorrespiratória.
De acordo com o Boletim de
Ocorrência, tipificado como morte suspeita, a mãe de Samuel Cardoso Miguel, de
12 anos, levou o filho à unidade de saúde pela primeira vez no dia 7 de janeiro
após a criança ter sofrido uma queda jogando futebol.
O menino passou pelo
atendimento médico no dia seguinte, com relatos de dor no corpo, febre, dor de
cabeça e com um possível quadro de dengue, segundo o BO. No dia 9 de janeiro, a
mãe e a criança retornaram ao local, e Samuel disse sentir dor no corpo e dor
intensa no joelho, com hiperemia (vermelhidão) local.
O menino foi encaminhado para
avaliação de um ortopedista no Pronto-Socorro Central (PSC) de Bauru, com um
possível quadro de fratura de platô tibial. No PSC, a criança foi avaliada e
liberada com tala gessada e retorno ao ortopedista em 15 dias.
Ainda no registro policial,
consta que o menino após a liberação evoluiu com inapetência (falta de
apetite), dor no corpo e no membro lesionado. No último domingo (14), um dia
antes da morte, a mãe notou icterícia, uma condição onde há o amarelamento da pele
e do branco dos olhos.
Nesta segunda-feira (15), ao
ajudar o menino a tomar banho, a mãe percebeu que ele estava hipoativo e com
cianose, quando a pele fica de coloração azulada, geralmente ocasionado por
oxigenação insuficiente do sangue.
Segundo o BO, a mãe levou o
filho pela terceira vez até a UPA do Bela Vista, onde o garoto chegou sem
reação. Ele foi levado até a sala de emergência, mas não resistiu.
Em nota, a Prefeitura de Bauru
informou que o caso está em avaliação pela equipe médica e que "aguarda a
conclusão do laudo do Instituto Médico Legal (IML) para posteriores
providências”.
O corpo de Samuel Cardoso
Miguel, de 12 anos, foi sepultado na tarde desta terça-feira (16), no Cemitério
da Saudade, em Bauru. O caso segue em investigação pela Polícia Civil.
G1