O Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado do Ministério Público, o Gaeco, realiza na manhã
desta terça-feira (8) uma operação contra crimes de corrupção, entre eles, a
suspeita de irregularidades em licitações em cidades do interior de São Paulo.
A ação, que tem apoio da
Polícia Civil e Polícia Militar, esteve em endereços nas cidades de Jaú,
Bariri, Itaju e Limeira (SP).
O objetivo, segundo o Gaeco, é
o combate a crimes e fraudes licitatórias, associação criminosa, falsificação
de documentos públicos, coação no curso do processo e roubo com emprego de arma
de fogo e concurso de agentes.
Um dos investigados é
ex-candidato a prefeito e teria ligações políticas em Jaú e já esteve à frente
de uma secretaria na prefeitura de Bariri. Um outro investigado no caso, um
empresário de Limeira do setor de limpeza pública, foi preso.
Ameaça e suspeitas de
irregularidades
O empresário preso é dono de
uma empresa que presta serviços para o munícipio de Bariri e teria sido o
mandante dos crimes de roubo qualificado, coação no curso do processo e ameaça
contra outro empresário da cidade no último dia 2 de junho.
O fato teria ocorrido após a
divulgação de uma reportagem que trazia a suspeita de diversas irregularidades
apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE/SP) no âmbito da
contratação da empresa do suspeito pela prefeitura de Bariri.
Segundo os apontamentos do
TCE, a licitação teria sido realizada para favorecer a empresa, que foi a única
participante da concorrência para o contrato de milionário. O empresário de
Limeira foi encaminhado para o CDP de Jaú.
Prefeitura de Bariri
Em nota, a prefeitura
municipal de Bariri disse que “está à disposição para colaborar com as
investigações, como, inclusive, tem realizado desde 2021 prestando informações
em todas as situações solicitadas pelo Ministério Público local.”
Disse ainda que a
“administração municipal vem adotando medidas efetivas como o envio de projeto
de lei para a Câmara Municipal, com o objetivo de criar a Controladoria do
Município, órgão autônomo que, após devidamente criado por lei e ocupado por
servidores de carreira (através de concurso público), será responsável pela
adoção de medidas internas de fiscalização e controle para atendimento de
exigências dos órgãos externos de fiscalização e transparência”.
A nota diz ainda que “a
prefeitura de Bariri irá colaborar sempre com as investigações e
questionamentos do Ministério Público sobre os serviços e contratos públicos
primando para que não ocorram prejuízos aos munícipes na execução dos serviços
públicos, especialmente, os essenciais.”
Nossa reportagem também tentou
contato com a empresa alvo da investigação em Limeira, mas não obtiveram
retorno.
Fonte: g1