Em menos de 24h, três homens,
de 30, 36 e 49 anos, foram presos em flagrante por violência doméstica ao
tentarem enforcar as esposas. As ocorrências foram registradas em diversos
bairros de Presidente Prudente (SP), entre o final da tarde de sábado (25) e a
madrugada deste domingo (26).
‘Convivência’
No Jardim Brasil Novo, na
tarde deste sábado (25), a Polícia Militar foi acionada devido a um
“desentendimento familiar” e apurou que o marido teria se apropriado de um
cartão da esposa, quitado algumas dívidas e ficado com R$ 500 que haviam
sobrado, segundo a vítima, motivo pelo qual a discussão entre o casal teve
início.
O rapaz, então, teria ameaçado
a esposa de morte com uma faca, além de tê-la xingado e apertado o seu pescoço,
causando-lhe um arranhão.
Após uma pesquisa, os
policiais constataram que a vítima possuía uma medida protetiva de urgência
contra o homem, que não permitia a aproximação entre ambos. Questionado, o
casal disse que havia voltado a conviver no exato dia em que o marido saiu da
cadeia, após ter sido preso por violência doméstica.
A todo momento, a esposa dizia
que “só queria seu dinheiro de volta e que não queria ver o companheiro preso
ou processado por nada”, conforme a Polícia Militar.
Já na delegacia, ao ser
interrogado, o rapaz permaneceu em silêncio.
Durante a análise do médico
legista, foi constatada “uma pequena lesão na vítima”, que desejou manter a
medida protetiva de urgência. O laudo médico foi anexado junto aos autos.
Depois de analisar os fatos e
as provas, o delegado ratificou a prisão do rapaz, que foi indiciado, também,
por descumprimento de medida protetiva, injúria e ameaça.
Não foi arbitrada fiança ao
suspeito, que permaneceu preso à disposição da Justiça até a realização da
audiência de custódia, neste domingo (26), que converteu a prisão em flagrante
em preventiva.
‘Apenas uma discussão’
Na noite deste mesmo dia, a
Polícia Militar foi acionada por vizinhos de um casal, que denunciaram o crime
de violência doméstica no Jardim Iguaçu.
Aos policiais, a vítima
relatou que seu companheiro havia tomado cerveja a tarde toda e, durante uma
discussão, teria sido xingada, agredida com socos na cabeça e no rosto e
enforcada pelo homem.
Em seguida, ele teria saído
com a filha do casal, de apenas seis meses.
Quando os policiais ainda
colhiam os dados da vítima, o suspeito chegou ao local e, questionado sobre o
que havia acontecido, negou ter xingado e agredido a esposa, relatando que “só
teria ocorrido uma discussão de casal”.
Sobre a criança, o rapaz disse
que havia deixado com um vizinho de sua irmã, pois “ela não estava em casa”.
Diante dos relatos da mulher,
o homem foi preso. Em dado momento, já na viatura policial, ele passou a ficar
alterado, ocasião em que um dos agentes abriu a porta do compartimento onde o
preso estava para algemá-lo.
Assim que abriu, o rapaz deu
um chute no policial e tentou sair do compartimento. Na tentativa de barrar a
resistência do preso e evitar eventual fuga, o policial deu um soco no rosto
dele, segundo a Polícia Militar.
Depois de algemá-lo, foram
para a delegacia e, na sequência, à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do
Jardim Guanabara, onde o preso passou por consulta médica e foi medicado.
Enquanto aguardavam o
atendimento, o rapaz teria ameaçado o policial que lhe deu o soco, dizendo:
“você, seu cabo, irá amanhecer com a boca cheia de formiga, pois você prendeu o
cara errado e irá pagar por isso”.
No depoimento, a vítima disse
que não pretendia ver o rapaz preso ou processado. Orientada quanto aos
direitos instituídos pela Lei Maria da Penha, dentre eles, o afastamento do
homem, ela não requereu, “pois não se sentia ameaçada”.
O suspeito foi ouvido e negou
as agressões, os xingamentos, a resistência e as ameaças contra o policial, no
entanto, acabou indiciado por esses crimes.
Diante das penas impostas aos
delitos e da condição financeira do rapaz, foi arbitrada uma fiança no valor de
R$ 1,5 mil, que não foi paga, razão pela qual o investigado permaneceu preso à
disposição da Justiça.
Durante a audiência de
custódia, realizada na manhã deste domingo, o envolvido foi ouvido e liberado,
sendo que responderá ao processo em liberdade.
‘Pedido de socorro’
O último caso, registrado na
Delegacia Participativa da Polícia Civil, em Presidente Prudente, ocorreu na
madrugada deste domingo (26), no Conjunto Habitacional Ana Jacinta.
Nele, a Polícia Militar também
foi acionada por uma moradora vizinha, que relatou à corporação a agressão do
marido contra a mulher após a vítima ter pedido socorro.
Já no local, os policiais
tentaram contatar o casal, mas ninguém atendeu. Após mais tentativas, uma
menina apareceu, disse que a mãe estava no quarto e que “o padrasto teria
agredido e queria matar a mãe”.
Somente com a chegada de outra
filha, que autorizou o arrombamento do cadeado da residência, é que a Polícia
Militar conseguiu adentrar o local. Neste momento, o suspeito abriu a porta da
sala e a atendeu.
A vítima, que estava no
quarto, foi chamada e relatou que o marido havia chegado em casa alterado e lhe
dado socos na cabeça, além de ter apertado o seu pescoço. Ela teria pedido
socorro para uma vizinha, que acionou o 190.
A mulher apresentava lesões
compatíveis com o relato, de acordo com os agentes.
O homem foi questionado e, em
princípio, negou os fatos, alegando que apenas estava dormindo com a esposa.
Após ser confrontado com a versão da mulher, disse que “somente tinha ocorrido
uma discussão de casal”.
Ele, então, foi preso em
flagrante e conduzido à delegacia.
Na ocasião, a vítima se
mostrou temerosa com sua integridade física e passou a dizer que não queria
registrar nada contra o marido, nem mesmo dar sua versão dos fatos, tendo,
inclusive, se recusado a assinar a versão dada anteriormente, tudo isso “por medo
de que acontecesse algo contra ela”, de acordo com a Polícia Militar.
Interrogado, o homem
permaneceu em silêncio.
Após analisar os fatos e as
provas, o delegado ratificou a prisão do suspeito e determinou seu
indiciamento, também, pelo crime de descumprimento de medida protetiva de
urgência. Um laudo do médico legista, atestando as lesões corporais na vítima,
foi anexado nos autos.
Não foi arbitrada fiança e o
investigado permaneceu preso à disposição da Justiça. Neste domingo, ele foi
ouvido e liberado, após passar por audiência de custódia. Ele responderá ao
processo em liberdade.
G1