Um jovem de 23 anos sobreviveu
a um ataque de um enxame com mais de mil abelhas, em Marília, no interior de
SP. O caso foi registrado na última segunda-feira (4).
O porteiro Elias Matheus de
Barros Fernandes contou que retornava para casa de moto, quando passava pelo
cruzamento entre as Ruas Olavo Bilac e João Francisco Sornas, na zona oeste da
cidade, e foi atacado pelas abelhas.
O jovem revelou que, embora a
colmeia do enxame esteja no alto de um poste de energia instalado na via, no
momento do incidente, as abelhas estavam alvoroçadas no meio da rua.
"Eu estava voltando pra
casa de moto senti três picadas e parei a moto, nisso veio um enxame pra cima
de mim, quanto mais me debatia mais abelha vinha me atacar", relata.
Sozinho na via, Elias conta que o ataque durou cerca de oito minutos, até ele conseguir ajuda de uma senhora, moradora de uma residência próxima ao incidente e que observava a cena de longe.
"Avistei essa senhora
observando de longe, quando corri até ela pedindo para ela jogar agua em mim.
Ela não entendeu direito e entrou, nisso entrei junto e procurei o banheiro
desesperado até encontrar, e ir para o chuveiro", relembra o porteiro.
Elias foi socorrido e
encaminhado à Unidade Pronto Atendimento (UPA) da zona norte, onde foram
retirados mais de 500 ferrões do seu corpo e constatadas mais de mil picadas.
Segundo a vítima, mesmo
tomando medicação, ela continua com dores em todo corpo e tem sofrido com
fortes dores de cabeça, incluindo crises de vômito e diarreia. Elias pontua que
as marcas do ataque ainda o perseguem no dia a dia.
"Foram retirados cerca de 500 ferrões, mas ainda retiro alguns conforme vou passando a mão pelo corpo. Estou em casa, ainda sentindo bastante dor pelo corpo, algumas partes com roxo", revela.
O capacete, a motocicleta e
uma sacola de roupas do rapaz foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros e
devolvidos aos familiares. Os objetos e o veículo ficaram tomados pelas abelhas
até a intervenção dos militares. Para Elias, a sobrevivência ao ataque é o seu
bem mais precioso.
"Minha sensação na hora
foi de desespero, sem ajuda de ninguém pensei que fosse morrer, vivi momentos
de puro terror", diz a vítima do ataque.
G1