Angélica Cristina Souza vivia em Tupã antes de ser presa na Índia por tráfico internacional de drogas — Foto: Arquivo Pessoal
A brasileira Angélica Cristina
Souza, de 33 anos, condenada por tráfico internacional de drogas em 2018 na
Índia, retornou ao Brasil na sexta-feira (8) com o filho, um menino de 4 anos
que vive com ela em um presídio indiano desde seu nascimento. Os dois
desembarcam em São Paulo, no Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU).
Segundo informações apuradas,
Angélica vivia em Tupã, no interior de SP, quando embarcou em 2018 para a Índia
com cápsulas de cocaína no estômago e foi presa ao desembarcar em Nova Délhi,
capital do país asiático.
A brasileira estava grávida
quando foi detida, julgada e condenada. O menino nasceu em 2019 e desde então
viveu a infância no presídio em Nova Délhi.
A Comissão de Direito
Internacional da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ), em
conjunto com a Procuradoria, pediu apoio à transferência de Angélica, após
verificar "nítida violação de direitos humanos".
“Este caso torna-se
paradigmático devido à situação grave do filho da detenta. A legislação
brasileira e acordos internacionais, como a Convenção sobre os Direitos da
Criança da ONU, ressaltam a prioridade absoluta na garantia dos direitos das
crianças", afirmou Carlos Nicodemos Oliveira da Silva, presidente da
Comissão de Direito Internacional da OAB-RJ em entrevista ao blog Lauro Jardim
do jornal O Globo.
Durante os últimos meses, a
Comissão em conjunto com o Ministério das Relações Exteriores, a Polícia
Federal e a Embaixada do Brasil em Nova Délhi, trabalharam para a transferência
da pena para o Brasil.
Com o retorno, Angélica
seguirá cumprindo a pena de dez anos imposta pela Justiça indiana no Brasil. Já
a criança ficará sob guarda provisória da avó materna, que mora em Tupã.
G1